A reunião da Assembleia Municipal de Aveiro desta sexta-feira à noite deverá expressar um momento em que os partidos estarão dividos e outro em que se mostrarão unidos.
Um dos assuntos extra-agenda de trabalhos unirá as diferentes bancadas com os partidos de acordo na contestação ao plano da REFER que pretende construir um viaduto sobre as marinhas de sal para fazer a ligação ferroviária ao Porto de Aveiro. A Assembleia já comunicou à REFER e ao dono da obra, a empresa Somague, que recusa o viaduto, 1,5 m acima da A-25 e propõe que a ligação se faça ao nível do solo de forma a não cortar a paisagem sobre as marinhas.
O que irá separar a maioria e a oposição serão as declarações do presidente da concelhia de Aveiro do PSD, Rocha de Alameida, que revelou a existência de negociações para a privatização de 60 por cento da empresa municipal Moveaveiro.
PS e PCP já se posicionaram de forma crítica à venda da empresa a privados e pelo facto do assunto ter vindo a público através do PSD, um dos partidos da coligação da maioria que governa o Executivo camarário.
O presidente da Câmara, Élio Maia, foi desafiado a esclarecer o assunto na reunião da Assembleia.