O Porto de Aveiro (Capitania) e a Polícia Marítima local têm desde ontem um novo comandante, noticia o Diário de Aveiro.
«Alves Salgado, capitão-de-fragata, substitui Agostinho Velez, num quadro que o chefe do Departamento Marítimo do Norte considera de «contenção»
ugusto António Alves Salgado tomou ontem posse nos cargos de capitão do Porto de Aveiro e de comandante local da Polícia Marítima. O capitão-de-fragata empossado substitui Agostinho Velez, admitindo desde já que se trata de «um delicado testemunho».
O recém-empossado demonstra algumas preocupações, considerando «a área aliciante, mas com imensos desafios». Alves Salgado quer concluir alguns dos projectos iniciados pelo seu antecessor, nomeadamente os que estão «ligados à segurança de pessoas e de bens, nomeadamente a necessária balizagem da Ria». O comandante quer ver ampliada a actual Capitania que «permitirá melhorar em muito as condições de trabalho dos profissionais, trazendo reflexos positivos no seu desempenho». Por fim, fez um apelo à colaboração dos elementos da Capitania «para que todos juntos possamos levar a bom porto esta barca».
A cerimónia foi presidida pelo chefe do Departamento Marítimo do Norte e comandante regional da Polícia Marítima. O capitão-de-mar-e-guerra, Vargas de Matos, elogiou o trabalho desenvolvido por Agostinho Velez, afirmando que «durante cerca de 16 meses soube responder e corresponder a todos os desafios com eficiência e elevação», tendo inclusive recebido um louvor escrito.
Missão condicionada por carências
Vargas de Matos refere que o país está a fazer um esforço de contenção financeira e nesse sentido não pretende esconder do novo capitão da Capitania de Aveiro «que dificilmente virá a dispor de todos os meios humanos e materiais que gostaria de ter e que eu lhe gostaria de disponibilizar».
Dado o quadro de contenção, recomenda Alves Salgado a «optimizar a articulação com as entidades da administração central, regional e local com responsabilidades ligadas ao mar e faixa costeira marítima»; «que procure melhorar a qualidade do serviço público prestado à comunidade» e, ainda, que «incremente a eficácia das acções de controle e fiscalização».
Alves Salgado está consciente das dificuldades. «Nunca temos tudo o que gostaríamos», conclui, preocupado em manter «a qualidade, o profissionalismo e o bem-servir das pessoas». (Diário de Aveiro)