Um dia antes da decisão a tomar que pode impedir a família Bóia de construir frente ao Canal Central, em Aveiro, para abrir caminho a um hotel de 12 andares na margem do Canal do Paraíso, volta a enfrentar o presidente da Câmara, Ribau Esteves, e acena com a oferta de um espaço para a sede do Beira-Mar.
Esta terça-feira à noite a Assembleia Municipal vota o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, que permite a construção do hotel e retira a possibilidade da família Bóia construir na zona. Um dia antes, a família acusa Ribau Esteves de alterar a versão referente ao plano de construção. Um prédio de três andares, segundo os Bóia enquanto Ribau Esteves diz que pretende seis.
Segundo a família, há «novos indícios de alegados crimes de abuso de poder e prevaricação, serão adicionados rapidamente à nossa iminente ação judicial criminal, com vista ao cabal apuramento dos factos envolvendo, naturalmente, tudo e todos que ao nível do município participaram e vierem a colaborar deste estranho processo urbanístico».
Pelo meio, a família diz que oferece um espaço para o Beira-Mar instalar a sede, no prédio frente ao Canal Central, que pretende construir, na Rua do Alavário. Aparentemente esta oferta tem o pouco a ver com o processo em causa mas é um dado lançado esta segunda-feira. «Um sinal do nosso especial carinho e dedicação a Aveiro, e para que não restem dúvidas da nossa postura comunitária». A direção do clube «já foi, entretanto, informada desta nossa pretensão, sendo recetiva à mesma».
