Um projeto de investigação na área da esclerose sistémica obteve um financiamento de 250 mil euros da Edith Busch Foundation e World Scleroderma Foundation, para os próximos três anos, um prémio monetário conquistado por Catarina Almeida, professora do Departamento de Ciências Médicas e investigadora do Instituto de Biomedicina (iBiMED) da Universidade de Aveiro (UA).
É um projeto para «perceber melhor de que modo é que as células imunes dos pacientes levam ao aumento de rigidez nos tecidos, associado à grande perda de qualidade de vida nos pacientes e encontrar novos alvos terapêuticos, levando ao desenvolvimento de terapias que contribuam para melhorar a qualidade de vida dos pacientes», segundo a investigadora.
A esclerose sistémica, ou esclerodermia, é uma doença crónica rara, caraterizada por alterações vasculares e um aumento da rigidez da pele e órgãos internos. Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunitário do paciente ataca o seu próprio corpo..
Catarina Almeida liderou uma equipa que apresentou o projeto “Regulators of fibrosis in Scleroderma: how the microenvironment affects the pDC – fibroblast crosstalk”. A equipa inclui os investigadores da UA Philippe Pierre, Iola Duarte, João Mano, Catarina Custódio e Beatriz Ferreira, da Universidade de Coimbra e da Universidade de Lund (Suécia). O projeto conta ainda com a colaboração do Serviço de Reumatologia do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, em particular na pessoa da médica Carolina Mazeda e restante equipa deste serviço.
Durante a sua carreira, a investigadora «tem estudado as interações intercelulares e a ação combinada a resposta inflamatória e a reparação/regeneração de tecidos. Atualmente a sua pesquisa foca-se em compreender como os mecanismos de homeostáticos intracelulares influenciam a resposta de células imunitárias inatas e como podemos modular a nossa imunidade natural para tratar diferentes patologias».