PS, CDS-PP, PSD e Bloco de Esquerda exigiram do Governo o cumprimento do protocolo que vinculou o Estado à comparticipação em cerca de metade o financiamento da construção da pista de remo em Cacia, conforme declarações esta segunda-feira ao programa É Notícia, na Aveiro FM.
O líder da concelhia socialista de Aveiro, José Costa, considerou «esquisito uma resposta tão seca do Governo».
O líder da concelhia disse ainda que «não interessa ser este Governo ou o anterior a assinar o protocolo, os compromissos têm der ser assumidos».
José Costa foi mais suave do que o vereador socialista na oposição, Marques Pereira, que acusou Élio Maia de não «dizer toda a verdade».
Conforme notícia publicada no Expresso, o Governo não dispõe de verba suficiente para financiar a pista, segundo uma posição atribuída ao secretário de Estado do Desporto. Esta posição contraria o protocolo assinado em Fevereiro de 2005 no qual a Câmara teria de conseguir metade da verba necessária sendo que a outra teria de ser assumida pelo Estado.
Um ano depois do protocolo assinado, pelo anterior Governo social-democrata e pelo anterior presidente da Câmara, Alberto Souto, a autarquia disse que tinha conseguido metade do orçamento faltando agora a parte do Estado.
Jorge Afonso, do Bloco de Esquerda, e presidente da Colectividade Popular de Cacia, sendo o remo a actividade principal, disse que o Governo tem de cumprir o protocolo e de resto, diz que o conteúdo da notícia do Expresso, «são palavras do presidente da Federação Portuguesa de Remo» dizendo que aquele líder federativo «fez tudo pela pista de Montemor-o-Velho».
Também Gilberto Ferreira, do PSD, diz que a notícia não contém «palavras do secretário de Estado» e, neste caso, «a Câmara fez o seu trabalho de casa» enquanto que falta cumprir o assumido pelo Estado.
Para Carlos Martins, do CDS-PP, «isto não é posição oficial do Governo e é complicado tirar conclusões, pode ser precipitado.
