Os elevados custos operacionais de exploração são o principal óbice a que o terminal especializado, localizado no cais bacalhoeiro, na Gafanha da Nazaré (Ílhavo) ainda não tenha sido utilizado, ano e meio depois de ter sido construído, noticia o JN.
«Os armadores ainda não responderam ao convite da Administração do Porto de Aveiro para encontrar uma solução para a utilização daquela infra-estrutura portuária, que representou um investimento de 5,6 milhões de euros com o apoio de fundos comunitários da pesca.
Segundo o JN apurou, aquele terminal corre o risco de estar mais três anos e meio às “moscas”, já que durante cinco anos, a partir da sua conclusão, só pode ser utilizado por sectores ligados à pesca devido a compromissos decorrentes dos fundos europeus.
Pedro França Morte, presidente da Associação dos Armadores de Pesca Industrial (Adapi) disse, ao JN, que os custos operacionais do porto de Aveiro são três vezes mais caros que os portos espanhóis. “A obrigatoriedade e os custos com os estivadores faz com que as descargas na Gafanha sejam muito mais caras do que em Espanha e, muitos, preferem descarregar em Vigo, uma vez que, mesmo com o transporte do peixe por camião, acaba por ser mais barato do que descarregar em Aveiro”, alegou.»