«Uma farsa» é como qualificou Gonçalo Fonseca, do PS, o concurso público recentemente lançado pela Câmara de Aveiro para 32 lugares na autarquia, antevendo que os seleccionados, «na grande parte serão os que já estão a trabalhar na autarquia». Por isso, Gonçalo Fonseca disse que os socialistas vão «fiscalizar de forma rigorosa os passos deste concurso».
Este concurso encontra-se a decorrer e está aberto a todos os interessados, seja para os 39 trabalhadores que se encontram ao serviço da Câmara de Aveiro (para 32 lugares já foi aberto o concurso, faltando ainda anunciar um segundo concurso para outros sete) ou para quaisquer outros interessados, exteriores ao município.
Segundo Élio Maia, havia duas hipóteses de actuação. «Ou despedem-se ou legalizam-se e a única forma de legalizar é por concurso público», disse na reunião da Assembleia Municipal desta quarta-feira à noite.
«Não sejamos hipócritas», disse Gonçalo Fonseca. Os socialistas desconfiam que a redacção do concurso «foi feita para isto», ou seja, como afirmou, o concurso foi feito «de forma habilidosa, permitindo que os candidatos não estejam em igualdade de critérios de selecção». Por isso perguntou: «Todos os candidatos vão ser avaliados nas mesmíssimas condições?». Élio Maia respondeu que ser seleccionado dependerá da capacidade de cada candidato. «Quem tem unhas é que toca guitarra», ilustrou.
Para o autarca «cabe a cada candidato preparar-se para mostrar ao júri». De resto, disse confiar na «honestidade do departamento e na idoneidade dos membros do júri que há-de tomar a melhor decisão».