A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro não tem “legitimidade democrática directa” para negociar e não pode «impor o seu resultado a órgãos municipais directamente eleitos», segundo os vereadores do PS da Câmara de Aveiro.
A declaração dos socialistas diz respeito ao papel desempenhado pela CIRA na promoção da parceria entre 10 municípios e o Estado para a mudança da gestão das redes de água e saneamento em baixa, passando dos serviços municipalizados para a empresa a constitui em 2010, a Águas da Região de Aveiro.
A maioria do capital da empresa será detida pelo Estado, através da empresa Águas de Portugal
Para os vereadores, a Câmara de Aveiro, cuja maioria PSD/CDS-PP aprovou o contrato de parceria, alinhou coma CIRA numa “política de facto consumado, nas ‘costas’ dos eleitos e das populações (…) em secretismo”.
Segundo o PS, a AdP “ficará com o que é mais apetecível – cedência de infra-estruturas e respectivos equipamentos – e Aveiro, com uma forte posição negocial, cederá os seus valiosos activos em troca de um envelope financeiro muito aquém do real valor de que neste momento é proprietário”.
