O PS de Estarreja diz que «em ano eleitoral, o Presidente da Câmara está a tentar transformar a Procissão de Santo António numa manifestação política, a política é uma actividade louvável, mas não é para se fazer em procissões, ou confundir-se com manifestações religiosas. Transformar uma procissão numa manifestação política é abusar da religião e da fé dos crentes. A isso chama-se não ter respeito pelas pessoas e por aquilo que cada uma tem de mais sagrado».
O PS tirou esta conclusão quando «no 1º Congresso das Colectividades de Estarreja promovido pela SEMA – Associação Empresarial, que decorreu nos dias 15 e 16 de Maio, o Sr. Presidente da Câmara, tanto na sessão de abertura, como na de encerramento, lançou como desafio às colectividades e aos eleitos locais, o participarem na Procissão de Santo António, que habitualmente decorre no dia 13 de Junho, dia do Município».
O PS pergunta: «porque é que o Sr. Presidente quer que as colectividades e os eleitos locais integrem a Procissão de Santo António?» Mas a seguir diz a resposta: «É evidente que o objectivo é meramente político, porque é urgente para o Sr. Presidente dar ideia de união, sobretudo depois das 7 semanas de entrevistas aos 7 presidentes de junta publicadas no Jornal de Estarreja, de onde ressaltou à evidência que, entusiasmo com a obra de José Eduardo Matos, é coisa que não existe, apesar de 6 das 7 juntas serem do seu partido».
Diz ainda o PS que em ano eleitoral, «é fundamental para José Eduardo Matos fingir que tudo está bem. E por isso lembrou-se da Procissão de Santo António, onde é suposto não haver ninguém a reclamar, mas apenas uma marcha de gente ordeira e devota. Onde não é preciso expor ideias e sujeitá-las a debate. Onde não é possível ser confrontado com nada que possa incomodar. Onde não é suposto resolver nenhum problema, nem grande, nem pequeno, seja ele apresentado por quem quer que seja. Trata-se apenas de desfilar, simpaticamente, com todos à sua volta».