O avanço do mar vai obrigar à retirada da população em três locais da costa portuguesa: Silvalde (Espinho), Cova do Vapor (Almada) e Ria Formosa (Algarve), noticia o Sol.
«Silvalde era um pequeno bairro piscatório com algumas dezesas de casas. Actualmente a população, ao nível do mar está protegida apenas por uma muralha: «Quando há marés vivas ou temporais, é impressionante», descreve Veloso Gomes, coordenador dos estudos para a Estratégia Integrada de Gestão da Zona Costeira, apresentado esta semana.
«A muralha já foi reforçada, mas há limites para tudo. Um dia em que a muralha se rompa, as casas são atingidas», acrescenta o especialista.
Este é um dos casos que se verificam «problemas de segurança graves» e está previsto, por isso, o recurso à retirada da população.
«Há muito mais situações como Esmoriz e Cortegaça, que requerem estudos mais alaragados, mas os Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) remetem para estudos posteriores. Por enquanto, nos POOC, só está contemplada o abandono de dezenas de casas em Silvalde, Cova do Vapor e alguns bairros da Ria Formosa – todas de génese ilegal, mas existentes há mais de 30 anos (…) Portugal ainda não está em condições de garantir que o mar não avance. Segundo Veloso Gomes, onde há populações, defende-se onde não há o mar continua a avançar, nalguns casos 10 metros por ano (…)»