O Departamento de Investigação Criminal de Aveiro da Policia Judiciária investigou um caso sobre uma imobiliária do Porto, cujo inquérito remetido ao Ministério Público, acabou por constituir 31 arguidos por práticas ilícitas na obtenção de créditos à habitação, cujo montante global ultrapassa os dois milhões de euros.
O proprietário da imobiliária não licenciada «era publicamente conhecido por ter contactos privilegiados junto de agentes bancários, obtinha facilmente empréstimos para aquisição de habitação, mesmo que os rendimentos dos potenciais clientes fossem poucos ou inexistentes».
Falsificava os documentos, entre declarações de IRS, demonstrações de liquidação e recibos/talões de vencimento) para «induzir em erro as entidades bancárias, no momento em que avaliavam a capacidade de esforço financeiro dos clientes».
Também recrutava indivíduos «indigentes e com problemas aditivos que, em troca de pequenas quantias, acediam titular créditos destinados à compra de habitação, ficando os encargos destes por conta do agente imobiliário que, posteriormente as arrendava para os mais diversos fins, disso tirando largos lucros».
A PJ de Aveiro fez buscas e apreender «grande quantidade de documentação, o computador e programas utilizados nas falsificações e, ainda, um revolver ilegal».