Mantém-se o protesto contra as condições oferecidas pelo Jardim de Infância nº1 da Glória, em Aveiro, por causa das instalações do refeitório usado pelas crianças, embora ontem de manhã não fosse conseguida a mobilização dos pais para permanecerem com as crianças à porta das instalações, nem a colocação de cartazes, considerada como uma manifestação ilegal, como informaram dois elementos da PSP presentes no local, noticia o Diário de Aveiro.
Conforme disse a PSP ao Diário de Aveiro, aquela Polícia foi alertada pelo Agrupamento de Escolas de Aveiro.
O presidente do agrupamento não confirma, apenas referindo que a PSP actuou na sequência da notícia publicada, na edição do passado sábado do Diário de Aveiro, sobre a mobilização dos pais para um protesto à porta do jardim. Segundo o presidente do agrupamento, a PSP esteve à porta do jardim «para alguma eventualidade».
Tanto a Câmara como o agrupamento referem a deslocação de agentes da Escola Segura, a pedido do agrupamento, o que de facto não aconteceu, tratando-se uma viatura de patrulha policial normal.
A presença da PSP serviu, segundo o comissário Sérgio Loureiro, para «evitar desacatos ou agressões», mas também para alertar que o grupo de pais não dispunha de qualquer licença de manifestação emitida pelo Governo Civil para aquele fim.
De qualquer forma, os pais continuam a reclamar melhores condições no refeitório e o passo seguinte vai ser o envio de um comunicado aos pais e a marcação de uma reunião.
O local usado como refeitório pelas crianças são instalações cedidas pela CERCIAV, nas imediações do jardim. Para chegarem ao refeitório, as crianças saem do jardim até à rua, seguem por um passeio junto à rotunda do Hospital até chegarem àquelas instalações.
Perante as críticas, a Câmara apresentou uma alternativa, um espaço das Florinhas do Vouga, que os pais também não aceitam dadas as condições com que se depararam. «Uma cave fechada, com janelas, mas pequenas», segundo a representante da sala, Vanda Silva, que disse ao Diário de Aveiro que não iria «ficar parada» perante esta situação. As instalações onde as crianças almoçaram ontem, como tem acontecido, cedidas pela CERCI, é um «barracão a cair, onde chove lá dentro, com cheiro a mofo e água imprópria para consumo», acrescentou.
O Diário de Aveiro tentou durante o dia de ontem, sem conseguir, um contacto com o vereador da Educação da autarquia, Pedro Ferreira.
O presidente do Agrupamento, Carlos Magalhães, disse ao Diário de Aveiro que a título provisório «não são de excluir as instalações» das Florinhas do Vouga, mas receia que «o provisório se torne definitivo».
O plano para as refeições prevê que, a partir de Janeiro, elas possam ser dadas na sede do agrupamento, na Escola Basica 2º e 3º Ciclo João Afonso de Aveiro, sendo que o transporte pode ser assegurado pela Câmara. Será apenas a partir dessa data, uma vez que aquele refeitório se encontra em obras, com prazo de conclusão até Dezembro.
Entretanto, a partir da recusa da possibilidade das refeições serem nas instalações das Florinhas, o presidente do Agrupamento desconhecia ontem a decisão a tomar pela Câmara.
Obras no início das aulas no SolpostoNo primeiro dia de aulas, a escola EB 1 do Solposto, na freguesia de Santa Joana, encontrava-se em obras, nomeadamente no telhado. O caso chamou à atenção dos pais que, além das obras, verificaram que decorriam sem a demarcação de um perímetro de segurança. Também sobre este assunto não foi possível esclarecer o caso com o vereador da Educação. (Diário de Aveiro) – notícia não acessível on line