O presidente da Câmara Municipal de Ovar, Manuel Alves de Oliveira, reiterou junto do Ministério das Obras Públicas posição contra a introdução de portagens na A29 e alertou uma vez mais para as especificidades do Município de Ovar, sublinhando alguns dos aspectos fundamentais a ter em conta na avaliação e decisão de introdução de portagens na SCUT Costa de Prata – A29, segundo comunicado da autarquia.
Segundo a Câmara não há «alternativa à A29 no território de Ovar, dado que a EN 109 além de absolutamente saturada de tráfego automóvel e estrangulada, nos troços de acesso às cidades de Porto e Aveiro, foi pura e simplesmente eliminada e absorvida pela A29 e A25».
O autarca refere ainda que Ovar regista «uma das mais altas taxas de desemprego da Região, situando-se actualmente em 13,5% da população activa, O índice do poder de compra, per capita, no Concelho é de 81,54 e o sector secundário tem sido confrontado, ao longo dos últimos anos, com inúmeras dificuldades económicas e financeiras, as quais seriam certamente agravadas com a introdução de portagens neste período de crise mundial.
Foi solicitado ao Ministro a «análise e ponderação das especificidades do concelho de Ovar e a verificação in loco das dificuldades com que os munícipes e empresários da região se debatem diariamente, antes da tomada de qualquer decisão de introdução de portagens na A29.
O mesmo comunicado diz ainda que o autarca se disponibilizou para «transmitir ao Ministro das Obras Públicas, o real enquadramento desta situação e da insatisfação sentida pelos munícipes do concelho».
O autarca reage assim às «notícias vindas a público recentemente e que dão conta de evoluções no processo de introdução de portagens nas SCUT’s, de entre as quais, a SCUT Costa de Prata que atravessa o concelho de Ovar».