«Existe património muito rico, recolhido ao longo de vários séculos, para ficar em exposição»: a garantia foi dada pelo pároco de Vagos, que em declarações ao Diário de Aveiro anunciou a intenção da paróquia de criar, em breve, um museu.
«Diversas peças de estatuária e cantaria, paramentos e alguns vasos e jarras com a antiga marca «VA» encontram-se guardados por algumas salas do templo. Mas há alguma paramentaria, que por falta de climatização do local onde está depositada começa a ficar degradada.
Quanto às pratas estarão guardadas, segundo o padre Manuel Carvalhais, em «local mais seguro», no cofre-forte que existe na Igreja.
A excepção é mesmo uma «pixis» valiosíssima, do século XVIII, que o historiador Nogueira Gonçalves destacou no seu inventário artístico. Desaparecida misteriosamente há mais de uma década, quando o padre Teixeira das Neves se encontrava à frente da paróquia, nunca mais ninguém soube do seu paradeiro.
De acordo com o pároco de Vagos, haverá «património que provém de três igrejas» – a que existia no século XVIII, que foi derrubada para dar lugar à actual, que começou a ser construída em Fevereiro de 1974.
Tanto quanto se sabe, algum do espólio religioso que «resistiu» até aos nossos dias, e que se encontra guardado na Igreja Matriz, Capela de Santo António e Igreja da Misericórdia, é oriundo da igreja primitiva, que data dos séculos XV ou XVI.»