O Hospital Infante Dom Pedro , de Aveiro é uma das dez unidades onde foram identificados microrganismos no ar que são “susceptíveis de causar infecções no homem”, nomeadamente ao nível respiratório, noticia a Lusa com base num estudo da DECO.
O estudo conclui que «um em cada dez doentes internados em Portugal sofre infecções hospitalares» depois de identificar níveis de bactérias no ar superiores ao recomendado na maioria dos 19 hospitais públicos e privados analisados.
Segundo o estudo, da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor a publicar na edição de Dezembro da revista Teste Saúde, o hospital tem «quantidades de microrganismos acima das 500 unidades formadoras de colónias por metro cúbico, o valor máximo defendido pela OMS para o ar interior dos edifícios».
Na lista dos 10 fazem parte também os hospitais Pediátrico de Coimbra, Capuchos, São José, Curry Cabral, Egas Moniz e Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, São Teotónio (Viseu), Espírito Santo (Évora), e São João de Deus (Montemor-o-Novo) apresentaram quantidades de microrganismos acima das 500 unidades formadoras de colónias por metro cúbico, o valor máximo defendido pela OMS para o ar interior dos edifícios.
“A presença de muitos microrganismos nocivos nos hospitais não significa que os doentes lá internados terão uma infecção” o que «depende das concentrações e tipo de germe, bem como da susceptibilidade do paciente”, embora exista “um risco acrescido que os profissionais não devem ignorar, até porque os doentes internados são alvo fácil destes microrganismos”.
A DECO lembra que “as pneumonias são das infecções hospitalares mais comuns, a par das infecções na ferida cirúrgica e nas urinárias”.
A associação desafia o Governo a legislar um projecto sobre a qualidade do ar dos espaços públicos, « que está parado há mais de dois anos».
As amostras de ar foram recolhidas entre Janeiro e Abril de 2005.