A Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro confirma que «há decréscimo da Produção de Leite. porque, de facto, o preço à produção não aumenta…».
Segundo a organização, uma das principais causas do abandono da produção de leite «é, sem dúvida, o baixo preço do leite e as directrizes comunitárias e nacionais para o sector, nos últimos 15 anos, estagnou o preço ao produtor, enquanto que o preço dos factores de produção (adubos, rações, electricidade, combustível, etc) e os custos da Sanidade Animal dispararam para valores incomportáveis tendo em conta as receitas obtidas pelas Explorações Familiares».
Além disso, são «muitos os produtores que pretendem aumentar a produção mas que, por efeitos limitativos da quota que têm atribuída, não podem produzir, sendo que se ultrapassarem a sua quota ficam sujeitos a avultadas multas», segundo a ALDA.
Aliás, o decréscimo na produção de leite, conforme foi noticiado esta sexta-feira «é uma situação há muito prevista pela ALDA que, ao longo do tempo, tem alertado para as nefastas medidas políticas tomadas pelos sucessivos Governos que conduziram à difícil situação a que se chegou».
Atribui ainda «pesadas responsabilidades aos principais responsáveis pelo movimento cooperativo leiteiro que têm estado de acordo com o essencial dessas más políticas para o sector».
A ALDA desmente a notícia do Jornal Económico (15 de Junho de 2007) segundo a qual « o preço do leite à produção aumentou, o que não é verdade». Exemplificando diz que em Outubro de 2006, o preço baixou, em média, 2 cêntimos/litro à produção», Concluindo, diz que os agricultores «não tiveram um aumento mas sim uma reposição do valor que lhes fora retirado no período sazonal entre Outubro 2006 e Março 2007».
A ALDA continua a defender a criação de «quotas de leite regionalizadas» e, a nível da União Europeia, o aumento da quota nacional e para além de 2008, deve manter-se o regime das quotas leiteiras a nível da respectiva OCM, Organização Comum de Mercado.
Critica ainda o Plano de Desenvolvimento Rural, PDR, que «para 2007-2013, não vê o sector leiteiro como um eixo estratégico nacional, pelo que vai privar novos Agricultores de rejuvenescer este sector, o que o também vai comprometer o futuro deste sector.