Vítor Mangerão é candidato à presidência da direcção da Confederação do Desporto de Portugal (CDP), nas eleições de 17 de Dezembro, confirmou ontem o próprio ao Diário de Aveiro, apresentando-se como o líder de um «movimento de federações que consideram que é preciso alterar a linha de rumo» daquela organização, noticia o Diário de Aveiro.
«A Confederação, que representa 60 federações, é actualmente presidida por Carlos Paula Cardoso, que deverá recandidatar-se ao cargo. A convocatória das eleições já seguiu para as federações, enquanto decorre o prazo legal para a apresentação das listas concorrentes, o que pode ser feito até 15 dias antes das eleições.
O aveirense encontra-se há dois mandatos consecutivos na presidência da Assembleia Geral e assume, agora, uma candidatura para «romper com o sistema», depois de intervenções críticas, embora, internamente. Para apoiar o seu projecto, disse ainda ao Diário de Aveiro que tem o apoio de «muitas federações».
Vítor Mangerão é da opinião que a CDP deve ser «mais interventiva e menos prestadora de serviços às federações», assumindo-se como um candidato que defende a «alteração na condução do papel da confederação no sistema desportivo enquanto representante do movimento federativo».
No fundo, o candidato de Aveiro deseja o «relançamento da confederação» num momento em que, como disse ao Diário de Aveiro, «há federações insatisfeitas com a liderança».
José Manuel Celestino encontra-se no grupo de Vítor Mangerão, que concorre ao próximo mandato, neste caso como candidato a presidente da Assembleia Geral, cargo que o actual candidato a presidente da direcção ocupa. Aliás, José Manuel Celestino, já presidiu à direcção.
Segundo a «Declaração de princípios», a Confederação «rege-se pelos princípios de igualdade, paridade, cooperação, intercâmbio e de concertação de interesses entre as Federações desportivas portuguesas (…) constitui um instrumento de cooperação, consulta e representação das Federações desportivas suas associadas, quer nas relações com o Estado, nomeadamente com o Governo, a Assembleia da República, as Regiões e as Autarquias, quer com a União Europeia e ainda com Confederações ou outras Instituições Nacionais ou Internacionais (…) as Federações suas associadas coordenarão os seus interesses, objectivos e iniciativas comuns, sempre no respeito pela autonomia e independência de cada uma». Diário de Aveiro – notícia não acessível on line