Quando a mancha florestal do parque de La Salette, em Oliveira de Azeméis, foi classificada de interesse público pela Autoridade Florestal Nacional, o presidente da Fundação La Salette, Hermínio Loureiro, anunciou uma candidatura de cinco milhões de euros ao QREN para a criação de um centro de interpretação do vidro, do museu do vidro, à requalificação do parque infantil e desportivo, à criação de um parque sénior, de um centro de visitantes e de um novo parque de merendas.
Uma «grande oportunidade para modernizar definitivamente o parque da cidade», disse.
O parque La Salette foi criado em 07 de Abril de 1909 tendo estado à guarda da Comissão Patriótica Oliveirense e depois da Comissão de Melhoramentos de La Salette. Actualmente é gerido pela Fundação La Salette.
O arvoredo classificado situa-se na envolvência da capela de La Salette, importante local de culto, romaria e devoção popular e de lazer, fazendo parte da mata uma interessante colecção dendrológica.
«Com este reconhecimento passamos a ter maior responsabilidade na preservação do parque que é o orgulho da comunidade oliveirense», afirmou Hermínio Loureiro.
A classificação é datada de 27 de Março de 2009, foi entregue ao presidente da Fundação La Salette (FLS), a entidade gestora dos 17 hectares de terreno, no primeiro centenário do parque.
Segundo a AFN, a classificação destina-se a premiar o «arvoredo notável» ao nível do «porte, idade, raridade e sobretudo pela diversidade de espécies, salientando-se a colecção de Leptospermum laevigatum (árvore-do-chá-australiana) e de Sequoia sempervirens (sequóia)».
«Este parque merecia a classificação de arvoredo de interesse público por conter uma diversidade única de árvores no país tendo sido classificados 15 dos 17 hectares de terreno que formam a mancha verde», afirmou Rui Queirós, da Autoridade Florestal Nacional.
Ficaram excluídos da classificação apenas dois hectares respeitantes à zona de implantação da estalagem S. Miguel e ao parque de campismo.
«Esta distinção, que reconhece o valor natural e cultural do parque, não trará qualquer benefício financeiro mas apenas responsabilidade na sua manutenção e preservação», esclareceu Rui Queirós, equiparando a classificação «à denominação de monumento nacional».