A construção de uma central de compostagem e não de uma incineradora na região centro poderá implicar um aumento nas taxas a pagar pelas Câmaras e, consequentemente, pelos municípes, noticia o JN.
«O presidente da Assembleia-Geral da ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro, Duarte Silva, está, assim, “preocupado” com a recusa do Governo em construir uma incineradora no centro do país como forma de tratar dos resíduos sólidos urbanos (RSU).
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Duarte Silva salientou que a opção apontada pelo ministro do Ambiente “será mais cara” do que construção de uma incineradora no Centro do país. “Se com as tarifas actuais a dívida dos municípios à ERSUC já é da ordem dos 10 milhões de euros eu não sei como é que isto vai ser no futuro” alertou, ao JN, o autarca da Figueira da Foz.
A solução preconizada pelo Governo deverá disparar o preço das tarifas de recolha de lixos e a factura dos municípios para com a ERSUC. Duarte Silva defende, por isso, uma comparticipação do Estado. “Não sei como é que os municípios vão corresponder se não tiverem ajuda do Governo. (O tratamento biológico) Pode ser uma solução, teoricamente, muito bonita mas na prática não resulta”, avisou.
O tratamento das cerca de 400 mil toneladas de RSU produzidos anualmente nos distritos de Coimbra, Aveiro e Leiria é urgente. Os três aterros existentes na zona estão perto de esgotar a sua capacidade de armazenamento, que deverá terminar em 2007/8.».