A Junta Metropolitana da Grande Área Metropolitana de Aveiro enviou uma carta ao Ministro da Saúde a solicitar uma «reunião com carácter de urgência» sobre o encerramento das urgências hospitalares de Ovar e Anadia, e a concentração nos hospitais de Santa Maria da Feira e de Aveiro, que estão claramente em situação de sobrelotação e com imensas dificuldades de resposta».
Os Hospitais de Santa Maria da Feira e de Aveiro já «não dão resposta adequada às urgências da região, vindo progressivamente a confirmar-se o que era previsível: um claro agravamento da resposta aos Cidadãos/Utentes ao longo dos últimos meses – os Serviços de Saúde estão mais longe, mais lentos, mais caros e menos eficientes».
Segundo a carta, assinada pelo presidente da Junta, Ribau Esteves, «em Aveiro, sucedem-se episódios inaceitáveis de demora no atendimento ou no tratamento na Urgência, com faltas graves de qualidade que deram seguramente contributo para a perda de algumas vidas».
A GAMA sugere que o Hospital de Aveiro assuma a «condição de Hospital Central, com Urgência Polivalente, acabando com a situação absurda de quase meio milhão de Cidadãos residirem a cerca de uma hora de uma estrutura desse género, continua sem se perceber porque Coimbra tem dois Serviços Polivalentes e Aveiro não tem nenhum, quando é a sub-região da Região Centro com mais população, maior crescimento populacional (15%), que mais contribui para o PIB regional e nacional, que garante metade das exportações de todo o Centro (47%) e 20% da superfície industrial da Região».
A Junta Metropolitana entende que o Governo deve «rever as suas decisões de reformulação da rede de Serviços de Saúde, nomeadamente no que respeita aos Serviços de Urgência dos Hospitais de Aveiro e também de Ovar, de Estarreja e de Anadia».
O encerramento destas Urgências Básicas é «prejudicial para o bom serviço às Populações abrangidas, integrando essa análise com outros Serviços de Saúde relevantes, como são os SAP’s, as Extensões de Saúde, e mesmo as disponibilidades e/ou necessidades de Ambulâncias e viaturas de Emergência Médica».
