O presidente do Conselho de Administração da empresa municipal de mobilidade MoveAveiro, vereador Pedro Ferreira, e o edil, Élio Maia, não partilham da mesma opinião quanto à data prevista para a entrada em funcionamento do ferry-boat que fará a ligação fluvial entre as freguesias da Gafanha da Nazaré (Ílhavo) e São Jacinto (Aveiro), noticia o Diário de Aveiro.
«Pedro Ferreira diz que falta construir os cais de atracamento e fazer a ligação entre uma rotunda, no Forte da Barra, e o pontão. Se tudo isso correr dentro da normalidade, sem quaisquer imprevistos como tem vindo a acontecer nos últimos tempos, o vereador afirma que em finais de Setembro haverá condições para que este novo meio de transporte esteja operacional. A embarcação encontra-se na Figueira da Foz e poderá regressar a Aveiro dentro de três semanas, se assim se justificar.
Perante o pedido de esclarecimentos do vereador socialista, Marques Pereira, sobre alguns pormenores relacionados com os prazos avançados, o presidente da Câmara de Aveiro responde que prefere não arriscar datas para não correr o risco destas não serem cumpridas. Assim sendo, alto e bom som, esclarece que «não haverá ferry-boat em funcionamento este ano». Depois das suas afirmações, Pedro Ferreira voltou a afirmar que tudo será feito no sentido de colocar a embarcação operacional este ano.
Custos
Até ao momento o Executivo municipal já gastou um milhão e 110 mil euros com a embarcação. Trezentos mil euros foi quanto custou a reparação do ferry-boat, 784 mil foram para pagamento da construção dos cais e 25 mil são para se fazer a ligação entre uma rotunda e um cais, no Forte da Barra. Pedro Ferreira adianta que ainda vão ser gastos mais 500 mil euros com a conclusão dos cais e com a referida ligação.
António Costeira, presidente da Junta de São Jacinto, defende que o ferry-boat deveria entrar em funcionamento durante a época baixa, pois é necessário proceder a uma série de adaptações na freguesia, nomeadamente ao nível do estacionamento.
O vereador do PS conclui que existe «incongruência dentro do próprio Executivo», referindo-se às diferentes posições manifestadas por Élio Maia e Pedro Ferreira quanto às previsões para a entrada de funcionamento do ferry-boat. (Diário de Aveiro)