Sábado, 17 Maio 2025
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Fátima Pombo lança As Cordas

Fátima Pombo lançou As Cordas (ed. Teorema), o segundo romance livro da trilogia que começou com O Desenhador

A escritora, docente do Departamento de Comunicação e Arte, “reúne um conjunto de personagens que mostram grandes dificuldades em sair das tocas pessoais. Gustavo, um compositor finlandês, só precisa do corpo de Ariane quando está encravado em qualquer momento criativo de uma obra.

Ela queria ter mudado de país, mas não conseguiu e lamenta-se a Malena, que assentou em Madrid com o restaurador de vitrais. Joseph é um homem estranho, vive com um gato, afina pianos e quando tem
insónias sai para a rua a meio da noite. Por causa das cordas Ariane conhece Joseph. A cozinha é um dos cenários importantes da acção, que se prepara com os cheiros, os sabores dos alimentos e outros
ingredientes.

Há referências a várias paisagens e lugares distantes, mas é no Porto contemporâneo que a narrativa se desenrola”.

Fátima Pombo é natural de Aveiro, onde nasceu em 1964. Actualmente reside no Porto, onde se licenciou em Filosofia e frequentou o Conservatório de Música, executando o violoncelo.

Passou também por Coimbra, onde concluiu o mestrado em Filosofia Contemporânea, e na Alemanha preparou a tese de doutoramento
subordinada ao tema “A fenomenologia e a experiência estética”. Hoje, é docente de Estética e Estética Musical no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro. Tem vários artigos publicados em antologias e revistas da especialidade, nacionais e
estrangeiras e é autora, entre outros títulos de âmbito ensaístico e biográfico, de “Guilhermina Suggia ou o Violoncelo Luxuriante”, editado em português e inglês em 1993, e do livro de ensaios “Traços de
Música”, de 2001, também traduzido em espanhol.

“O Desenhador” “é, no entanto, a sua primeira obra de
ficção, tendo merecido, entre mais de uma centena de obras a concurso, o Prémio Fnac / Teorema de 2002.

Este seu primeiro romance é sobre a extravagância do desejo e o seu poder cego que são limitados pela sombra do amor e do medo. As personagens desta história vivem a dificuldade de escolher qual a prioridade desses sentimentos e, é nesse conflito, que se vai definindo o destino delas. Malena, ao pensar que lhe era possível conciliar todas as contradições, fica presa numa teia apertada e, nessa circunstância, atrai a si, mesmo os mais resistentes, obrigando-os a suportar o peso da decisão.

Uma perda irreparável é geradora de perplexidade que suspendem a espiral da vida de Malena, forçando-a a constatar que a voragem da sensação de plenitude é ilusória. Se as cartas
recebidas de uma cidade distante amaciam as incertezas, é a música, como presença constante na vida destes personagens, que se assume como a matéria que sobra da ilusão.

‘O Desenhador’ reflecte a condição da mentira do desenho dos outros e de si próprio e da impossibilidade de não o fazer, se pensa ou se sente”.

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