O antigo comandante interino dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis, Jorge Pereira, ameaça processar judicialmente vários elementos daquela corporação por acusações de que diz estar a ser alvo há mais de um ano, noticia o JN.
«Entre esses elementos encontra-se o actual comandante e o próprio presidente de Direcção da Associação Humanitária, António Gomes.
O ex-comandante acusa, ainda, a actual Direcção de não estar a dar o apoio devido aos familiares dos quatro bombeiros que foram vítimas de um acidente de viação ocorrido em Agosto de 2005, no qual faleceram três pessoas.
Estes e outros dados deverão ser apresentados, amanhã, numa conferência de Imprensa. Contudo, Jorge Pereira diantou, ao JN, que o acusaram “injustamente” de ter colocado a circular uma carta na internete onde era criticada a Direcção e de ser responsável por “criar instabilidade nos bombeiros”.
Passado quase um ano, diz que só agora decidiu tornar públicas estas questões “porque quis evitar problemas, mas, agora, tenho que denunciar o que se passa”.
O ex-comandante refere, ainda, que vai estar na conferência de Imprensa acompanhado pelos familiares dos malogrados bombeiros. Mas diz que caberá a estes, se entenderem, “esclarecer os jornalistas sobre a falta de apoio que têm sentido”.
Os desentendimentos entre o antigo comandante e a Direcção começaram há mais de um ano, com Jorge Ferreira a não passar da condição de comandante interino.
Confrontado com estas acusações, o presidente de Direcção dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis, António Gomes, diz “nada temer” e adianta que novas acusações que possam ser proferidas por Jorge Pereira “só poderão agravar ainda mais a sua situação”.
“Ele já vem há muito tempo a dizer que vai para tribunal. Por isso, é deixar a justiça analisar os factos e depois logo se vê”, referiu o presidente.
António Gomes diz ter na sua posse algumas provas sobre algumas das acusações imputadas ao antigo comandante interino e afirma que, perante as declarações que possam vir a ser publicamente proferidas por Jorge Pereira, “o processo pode não ficar por aqui e termos mais uma razão para avançarmos e pedirmos a intervenção do Serviço Nacional de Bombeiros para que lhe mova um processo”.
Sobre a alegada falta de apoio aos familiares das vítimas, António Gomes adianta que a intervenção da corporação relaciona-se “exclusivamente” com os seguros que, garante, “já houve acordo”.
Refere igualmente que os familiares não terão pedido mais apoio aos bombeiros, “pelo que pensamos que está tudo resolvido”, adiantou.
Sobre a única sobrevivente do acidente “que ele nos acusa de descurar o apoio”, diz o presidente, “estamos a pagar todas as consultas, chegando mesmo a adiantar o dinheiro”.» (JN)