Há 4,8 enfermeiros/1000 habitantes no distrito de Aveiro, a (média da OCDE é de 8,2) e um paradoxo, segundo a Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros (OE) marcado pela «dotação nos serviços e o fenómeno do desemprego na profissão».
A declaração foi feita esta quarta-feira, na sequência de um encontro entre os novos órgãos e o Governador Civil de Aveiro, Filipe Neto Brandão.
É preciso, segundo os enfermeiros, «repensar de forma integrada a oferta de cuidados de saúde no distrito, nomeadamente na NUT III do Baixo Vouga, a maior da Região Centro, considerando toda a sua envolvente: vias de comunicação; demografia; capacidade instalada no sector da saúde e outros complementares.
Os enfermeiros contam com o Governador para transmitir a preocupação das «baixas dotações de enfermeiros no distrito».
Para os enfermeiros, «é urgente implementação dos Agrupamentos
de Centros de Saúde (ACES), o papel dos enfermeiros gestores neste novo modelo organizacional dos CSP, necessidade dos mesmos princípios e critérios na definição dos regimes remuneratórios para todos os grupos profissionais, nas várias unidades funcionais previstas».
Na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), os recursos são «insuficientes para as necessidades reais da população nesta área de cuidados que conduz a assimetrias na acessibilidade, nomeadamente geográfica, o que obriga por vezes, à deslocação dos cidadãos para longe do seu domicilio e dos seus conviventes significativos».
Na requalificação dos Serviços de Urgência/Emergência, Aveiro «será o
distrito onde encerrarão maior número de serviços de Urgência (5), de onde decorre a necessidade de respostas suplementares, prévias ao encerramento, de forma a garantir a proximidade, segurança e confiança dos cidadãos nos serviços de saúde. A solução pode ser a passagem pelas Consultas Abertas, desde que estas assegurem uma resposta mais diferenciada».
