O presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, admitiu esta quinta-feira à noite que também têm razão os grevistas que protestam contra a falta de entendimento para atingir um «acordo de empresa» na Moveaveiro.
«Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão», ilustrou Élio Maia, em declarações aos jornalistas à saída da tomada de posse de Miguel Fernandes como presidente do PP de Aveiro, para mostrar que compreende as razões da greve, mas que está impotente para resolver, por razões de indisponibilidade financeira, o que tem movido o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local.
O sindicato tem afirmado que pretende equiparação de salários e horário de trabalho entre os trabalhadores requistados à Câmara e contratados pela Moveaveiro.
São questões financeiras que travam a questão. «A Câmara tem encargos mensais financeiros brutais e não podemos acudir a todos os fogos», disse Élio Maia.
O autarca voltou a recusar interferir na questão da Moveaveiro defendendo que deve continuar a ser o vereador Pedro Ferreira, presidente do Conselho de Administração da empresa, a representar o município nas negociações.