Paulo Ribeiro
Curriculo
Natural de Lisboa, Paulo Ribeiro, antes de se afirmar como coreógrafo, fez carreira como bailarino em várias companhias na Bélgica e na França. A sua estreia no domínio da criação coreográfica deu-se em 1984, em Paris, no âmbito da companhia Stridanse, da qual foi co-fundador, e que o levou à participação em diversos concursos naquela cidade, obtendo em 1984 o prémio de Humor e em 1985 o 2º prémio de Dança Contemporânea, ambos no Concurso Volinine.
De regresso a Portugal em 1988, começa por colaborar com a Companhia de Dança de Lisboa e com o Ballet Gulbenkian, para os quais cria, respectivamente, ”Taquicárdia” ( Prémio Revelação do jornal ”Sete” em 1988) e ”Ad Vitam”. Com o solo ”Modo de utilização”, interpretado por si próprio, representa Portugal no Festival Europália 91 em Bruxelas.
A sua carreira de coreógrafo expande-se no plano internacional a partir de 1991, com a criação de obras para companhias de renome: Nederlands Dans Theater II (”Encantados de servi-lo” e ” Waiting for Volupia”), Nederlands Dans Theater III (”New Age”); Ballet de Genève (”Une Histoire de Passion”); Centre Chorégraphique de Nevers, Bourgogne (”Le Cygne Renversé”). Para o Ballet Gulbenkian criará ainda: ” Inquilinos”, ”Quatro Árias de Ópera” (em colaboração com Clara Andermatt, João Fiadeiro e Vera Mantero) e ” Comédia Off -1”.
Entretanto, Paulo Ribeiro foi galardoado em 1994 com o Prémio Acarte/Maria Madalena de Azeredo Perdigão pela obra ”Dançar Cabo Verde”, encomenda de Lisboa 94 – Capital Europeia de Cultura, realizada conjuntamente com Clara Andermatt.
Em 1995 funda a Companhia Paulo Ribeiro, subsidiada pelo Ministério da Cultura, para a qual tem vindo regularmente a criar coreografias: ” Sábado 2”, ” Rumor de deuses”, ”Azul Esmeralda”, ”Memórias de Pedra – Tempo Caído”, ”Orock”, ”Ao Vivo”, ” Comédia Off – 2” e ” Tristes Europeus-Jouisissez sans entraves”.
O trabalho com a sua própria companhia permitiu-lhe desenvolver melhor a sua linguagem pessoal como coreógrafo.A obra ” Rumor de deuses” foi distinguida em 1996 com os prémios de ”Circulação Nacional” atribuído pelo Instituto Português do Bailado e da Dança, e ” Circulação Internacional” atribuído pelo Centro Cultural de Courtrai, ambos inseridos no âmbito do concurso ”Mudanças 96”.
Paulo Ribeiro tem recebido ainda vários outros prémios relevantes: ” Prix d’Auteur” nos V Rencontres Chorégraphiques Internationales de Seine Saint-Denis, (França); ” New Coreography Award” atribuído pelo Bonnie Bird Fund-Laban Centre (Grã-Bretanha), ” Prix d’Interpretation Collective” atribuído pela ADAMI (França); Prémio Bordalo da Casa da Imprensa (2001).
Em acumulação com o seu trabalho de coreógrafo, Paulo Ribeiro desempenhou entre 1998 e 2003 o cargo de Director Geral e de Programação do Teatro Viriato/CRAE (Centro Regional das Artes do Espectáculo das Beiras), que obteve em 1999 o Prémio Almada do Instituto Português das Artes do Espectáculo, pela actividade desenvolvida na área da Dança.
Em Setembro de 2002 foi indigitado Director Artístico do Ballet Gulbenkian, cargo que assumiu no início de Setembro de 2003.»