A Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT) abriu um processo de averiguações à Câmara de Ílhavo por ainda não ter mandado fechar uma carpintaria existente na Gafanha da Encarnação, que está a funcionar ilegalmente e cuja laboração tem provocado protestos de uma moradora cuja residência se encontra localizada em frente daquela pequena unidade industrial, noticia o JN.
«A autarquia de Ílhavo, no seguimento de uma queixa de Maria La Salette Simões Facão, tinha informado a Provedoria de Justiça, há já dois anos, que a carpintaria – que não está licenciada nem poderá sê-lo – iria ser transferida para a Zona Industrial da Mota durante o primeiro semestre do ano passado. E justificou, na altura, o não encerramento da carpintaria por razões de ordem sócio-económica.
O facto de a carpintaria não ter sido transferida, continuar a laborar e “de o senhor presidente da Câmara, Ribau Esteves, nem sequer me receber”, levaram Maria La Sallete a apresentar queixa junto da IGAT, que já notificou a Câmara de Ílhavo. La Sallete disse ao JN que o descanso do seu agregado familiar é afectado pela laboração da carpintaria, nomeadamente a saúde do seu marido, doente cardíaco e asmático. “Eles trabalham de dia e noite, têm três serras de uma vez a funcionar, é uma poeirada a sair pela porta, apanhando nós tudo aquilo”, desabafou Maria da La Sallete.
O presidente da Câmara diz que não fala publicamente sobre o assunto “enquanto estiver a decorrer o processo de averiguações por parte da IGAT, disse ao JN. (JN)
