A Câmara de Aveiro está a desenvolver uma série de procedimentos contra a pretensão de Angeja, do concelho de Albergaria-a-Velha, em anexar 245 hectares às freguesias de Cacia e Esgueira.
A 3 de Abril último a autarquia respondeu ao Instituto Geográfico Português travando a demarcação «provisória», resultante de uma iniciativa da freguesia de Angeja, evitando que passe a «definitiva» e esta quinta-feira, a Câmara deslocou-se à Torre do Tombo para obter mais documentação e fundamentação para continuar o processo.
No final da reunião da Assembleia Municipal desta quinta-feira à noite, o presidente da Câmar, Élio Maia, disse aos jornalistas disse que se trata de «defender o território de Aveiro com todos os meios ao dispôr».
Entretanto, a Assembleia Municipal constituiu um grupo de redacção de uma moção a ser votada na sessão da Assembleia da próxima segunda-feira, 8 de Maio.
O início deste processo data de 2002 e a nova Câmara diz que está a «assumir uma firme posição em contraste com a omissão que no passado se registou», diz Élio Maia na «Comunicação do Presidente» à Assembleia. Aos jornalistas disse que essas omissões se traduziram na «não presença (da Câmara socialista anterior) em reuniões».
As duas freguesias de Aveiro afectadas, Cacia e Esgueira, já concertaram uma posição contra.
O assunto dominou a reunião da Assembleia. O socialista Carlos Candal considerou tratar-se de um «problema político, grave e complicado» e disse merecer ser «repudiado» Rocha Almeida, do PSD e Jorge Nascimento, do PP, criticaram o Executivo anterior por não ter levado o assunto à Assembleia e António Granjeia defendeu um «contra ataque rápido». Arsélio Martins, do Bloco de Esquerda, disse que não deve haver «alterações onde não deve haver alterações».
Na defesa do executivo de Alberto Souto, Pires da Rosa, criticou o facto da actual maioria ter feito «passar a ideia de omissão».