O presidente da Câmara anunciou, na tomada de posse, a instalação, no próximo Natal, de computadores com ligação à Internet em todos os Lares e Centros de Dia mas José Eduardo Matos espera um mandato de crise.
O autarca apresenta o quadro dos próximos quatro anos: «Não só nos cortam os direitos (o Governo), como também nos diminuem as capacidades de intervenção, seja porque nos retiram parte do previsto na Lei das Finanças Locais, seja porque nos querem dar ainda mais encargos, como se prevê na novíssima Lei do Arrendamento Urbano, sem quaisquer contrapartidas.»
A Câmara precisa de consolidar as finanças públicas para sustentar o crescimento a longo prazo e espera que «as medidas de combate ao défice público, já introduzidas ou anunciadas pelo Governo, tenham um impacto imediato no volume de negócios e na situação financeira dos agentes económicos, que não deixará de também repercutir-se na esfera de actuação das Autarquias.»
O novo Eco-Parque Empresarial é um «factor chave na estratégia», que já começou a receber as primeiras empresas. A Câmara espera atrair investimento, criar emprego e, das grandes empresas, recebeu sinais de «intenções de expansão ou reinvestimento».
A Câmara joga com o ambiente, qualidade urbana, criação da divisão dos serviços urbanos para limpeza aos espaços verdes, resolução do histórico passivo ambiental do parque químico, cobertura total de saneamento e «redescoberta» do património natural».
Estarreja tem um passado com uma imagem negativa resultante da poluição da indústria química pesada mas, segundo José Eduardo Matos, «neste mandato já se falou do Ambiente em Estarreja por razões positivas».
