Segunda-feira, 20 Janeiro 2025
InícioAveiroCâmara diz que «chuva negra» veio de Aveiro

Câmara diz que «chuva negra» veio de Aveiro

A informação obtida pela Câmara de Estarreja por via PACOPAR – Painel Consultivo Comunitário do Programa Actuação Responsável de Estarreja – garante que as «pequenas manchas pretas de origem desconhecida», na manhã da passada quinta-feira, «numa área considerável do Município, nada têm a ver com o Complexo Químico», em comunicado difundido esta quarta-feira.

Embora não estejam «concluídas as investigações pelas entidades competentes» a Câmara refere que «é prematuro dizer qual o produto e a sua origem» mas admite que «tudo aponta para que a fonte poluidora se situe no Concelho de Aveiro».

A autarquia acrescenta que o Serviço Municipal de Protecção Civil solicitou informação a todas as empresas do Complexo Químico de Estarreja e ainda ao Instituto de Meteorologia «para saber qual a orientação dos ventos naquela madrugada, cujos registos apontam o oeste (lado do mar)».

Segundo comunicado da Câmara, «duma visita a vários locais do Concelho, confirmou-se que uma espécie de fuligem caiu com mais intensidade em parte das freguesias de Canelas e Salreu, no centro da cidade de Estarreja, em Santo Amaro e Areosas, freguesia de Beduído, e no lado nascente da freguesia de Avanca». Ainda segundo a autarquia, «não se tomou conhecimento de casos nas Freguesias de Pardilhó, Veiros e Fermelã, bem como a poente de Beduído e de Avança».
As «pequenas manchas» registaram-se «com especial visibilidade em viaturas que permaneciam ao ar livre, sendo visível também nas janelas e pisos de casas de habitação e nas próprias vias de comunicação».

A Câmara está interessada em identificar a origem da chuva negra e «espera que a identificação do produto não demore vários meses, como em outros casos recentes, de modo a estabelecer-se a relação com os responsáveis para o apuramento de responsabilidades e potenciais indemnizações».

Um dado diz respeito a declarações de Casimiro Calafate. «Hoje mesmo (esta quarta-feira) o Presidente da Junta de Freguesia de Cacia anunciou publicamente que irá pedir explicações a duas empresas localizadas naquela localidade, onde a poluição se tem vindo a verificar nos últimos meses».

A Câmara de Estarreja alertou o o SEPNA – Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, que «procedem às averiguações respectivas, não tendo a Rede de Monitorização da Qualidade do Ar acusado partículas».

Enquanto isso, em comunicado difundido esta terça-feira, a Associação de Defesa do Ambiente de Cacia e Esgueira fazia referência à queda de «Chuva negra misturada com cinzas, sobre roupas, carros, casas, animais, plantas, produtos hortícolas, pastagens, em Cacia e Esgueira, Aveiro.

Segundo a associação, a frequência do seu aparecimento «é cada vez maior» e a associação pede a intervenção do Ministério do Ambiente», através da deslocação de técnicos para «identificar a matéria negra de que todos falam, com vista à identificação do poluidor que terá o dever de resolver a questão e proceder às indemnizações a que estiver obrigado».

Notícias recentes