Os trabalhadores dos Serviços Municipalizados de Aveiro concentraram-se esta segunda-feira em frente à Câmara para protestar contra a sua transferência para a nova empresa no dia em que dez municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) reuniam em simultâneo para votar o contrato de parceria entre as autarquias e o Estado, através da empresa Águas de Portugal (AdP) para implementação de uma nova gestão da distribuição de água ao domicílio e rede de saneamento em baixa, através da empresa Águas da Região de Aveiro a criar em 2010.
Os trabalhadores reuniram na manhã desta segunda-feira em plenário, convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e estiveram frente à sede da autarquia. No salão nobre, reunia o Executivo de Aveiro que não votou o contrato de parceria, adiando a decisão para esta terça-feira.
Os trabalhadores receiam que a mudança se traduza na perda de direitos e desemprego. O presidente da Comunidade Intermunipal já disse que os direitos estão garantidos.
O presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, disse que “os direitos dos trabalhadores são intocáveis” lembrando que se trata de uma parceria com vários municípios, tendo havido sempre a preocupação de todos os municipios em salvaguardar todos os direitos dos trabalhadores.
De resto, também disse que não se trata de “qualquer concessão nem privatização de nenhum serviço público”.
Mas o tema está a mobilizar os partidos. Uma delegação do PCP reúne esta segunda-feira com o STAL, o PS anunciou a tomada de uma posição sobre a criação da empresa “Águas da Região de Aveiro e o BE também reúne hoje com a direcção regional do STAL.