O Bloco de Esquerda garante que irá utilizar «todos os meios ao seu alcance, em todas as instâncias em que está representado» para evitar a privatização da exploração dos sistemas municipais de abastecimento de água.
O Bloco não reconhece imparcialidade no estudo encomendado pela Grande Área Metropolitana de Aveiro à empresa de auditoria e consultoria Deloitte. «Foi sem surpresa que, na apresentação deste estudo, se verificou que, na opinião desta empresa, a melhor solução seria a privatização dos sistemas municipais de distribuição de água».
Aquela força partidária lembra que «a escolha desta solução por parte das Câmaras Municipais, antes de ser uma decisão técnica, é um caminho exclusivamente político e como tal deve ser apresentado pelos executivos aos eus cidadãos». Entretanto,l bém refere que «a falência do modelo neoliberal para a prestação de serviços públicos está a ser amplamente reconhecida a nível internacional. Várias experiências realizadas ao nível da privatização das redes de captação, abastecimento e distribuição de água tiveram resultados catastróficos que vão desde o aumento das taxas aos consumidores a uma diminuição da qualidade da água distribuída».
Dá o exemplo da privatização em Santa Maria da Feira, que resultou num aumento avultado das taxas cobradas aos consumidores, sem que a correspondente melhoria da qualidade tivesse acontecido».
A solução para evitar a privatização está, designadamnente, na reestruturação das redes de captação, abastecimento e distribuição, que permita reduzir a água desperdiçada e melhorar a qualidade final». Deixa o aviso para os municípios: «não devem soçobrar e sucumbir à pressão de lucros fáceis e imediatos na venda das redes de distribuição existentes, hipotecando o futuro dos seus munícipes».
Quanto a recursos, «Portugal, que é um país rico em aquíferos (massas de água subterrânea) e de grande qualidade, está numa situação privilegiada para que exista uma exploração ambientalmente sustentável e economicamente viável».
