Os autarcas das Câmaras Municipais das margens da Ria já esgotaram a diplomacia e decidiram usar outros meios para atingir o objectivo de conseguir a criação da entidade gestora para a Ria que permita ter «um tratamento com dignidade que não tem».
Os autarcas preparam «acções públicas para afirmar uma posição de indignação» de Aveiro. O presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, disse esta segunda-feira à noite, durante a reunião da Assembleia Municipal, que os autarcas preparam uma série de iniciativas como de um abaixo-assinado, a subscrever por cidadãos e entidades, um «encontro alargado regional, o «envolvimento dos deputados da Assembleia da República, eleitos pelo círculo de Aveiro para despertarem o assunto», e, assumiu «o papel muito importante da comunicação social».
Em Julho do ano passado, o deputado socialista Afonso Candal, disse que estava disponível para criar, com o PSD, um «movimento conjunto» para garantir a entidade gestora da ria de Aveiro.
Estas iniciativas foram decididas numa reunião da Associação de Municípios da Ria realizada na manhã desta segunda-feira. Os autarcas não vêm qualquer efeito positivo de várias intervenções já desenvolvidas no sentido da criação da entidade gestora da Ria, enquanto que, por ausência desta figura, se mantém «entregue a parasitas», como disse Santos Sousa, da bancada do CDS-PP, durante a reunião da Assembleia Municipal.
Élio Maia referiu-se a duas resoluções, sem efeito prático, do Conselho de Ministros, assim como a intervenção do Presidente da República que chegou a «pedir desculpa» pela falta de uma entidade gestora para a Ria.
Em Maio último, a Grande Área Metropolitana de Aveiro apelou à intervenção directa do Primeiro-Ministro José Sócrates para a criação da entidade gestora da Ria de Aveiro.