Sábado, 25 Janeiro 2025
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Assembleia debate o maior orçamento de sempre

A Assembleia Municipal de Aveiro debate na noite desta segunda-feira, em reunião pública, o plano e o orçamento, de 191 milhões de euros, proposto pela Câmara, para 2007.

Os documentos foram aprovados pela maioria da coligação PSD-CDS-PP, com os votos contra dos vereadrores do PS.

O PCP já anunciou que irá votar contra.

O orçamento de 191 milhões é um valor record. Para 2006, o Executivo da maioria PSD/CDS-PP aprovou uma orçamento de 152 milhões enquanto que em 2005 atingiu 117 milhões, no último orçamento da anterior governação socialista.

Os vereadores dizem que o orçamento é um sinal de «descrédito» e criticam directamente o presidente da autarquia, Élio Maia.

Na reunião do executivo que aprovou o orçamento de Câmara, os vereadores criticam Élio Maia que «entrou mudo e saiu calado, não fez qualquer apresentação, não teceu qualquer comentário, não deu qualquer justificação» e «questionado directamente sobre os números elevadíssimos do documento e sobre as medidas de combate à situação financeira difícil do Município, ostensivamente, nada disse. Por vergonha, por espanto, por não ter rumo, por não ter nada para dizer? Provavelmente, por um pouco de tudo…».

Sobre o documento, «é o descrédito para quem pedia paciência, rigor e contenção», segundo a oposição liderada pelo socialista Marques Pereira. Num orçamento que «bate todos os recordes», os socialistas chamam a atenção que «nem em 2003, ano da construção do estádio municipal, se atingiram valores tão elevados – nesse ano foi de 156,5 milhões de euros e, é de referir, que em 2004 foi de 124 milhões de euros e em 2005 de 117 milhões de euros».

Para os vereadores, o orçamento «é escandalosamente fantasioso» porque «aumenta erradamente a despesa, sem critério e contenção (desde obras irrealizáveis até a festas, encontros e comemorações, contempladas em 11 rubricas), inflaciona as receitas de forma grosseira, ultrapassando largamente os limites do razoável, num ano em que o contexto económico do país é pouco favorável e no qual, demagogicamente, abdica de receita em sede de IMI e Derrama».

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