Uma «assembleia de cidadãos» – assim foi designado o conjunto de cidadãos que reuniu esta quarta-feira à noite em Aveiro num debate em torno da Praça Joaquim Melo Freitas e nova ponte sobre o Canal Central – conclui na necessidade de enviar uma ‘mensagem’ à Câmara Municipal que transmita à autarquia a importância de dar conhecimento público da tomada de decisões.
José Carlos Mota, do movimento Amigosd’Avenida que promoveu o debate disse que há uma «vontade dos aveirenses em conhecer melhor os processos».
A declaração final do grupo promotor da tertúlia fechou o encontro em redor da solução urbanística para a praça e a apreciação da escolha da ponte a construir no Canal Central.
Sobre a praça foi criado um consenso na construção de um edifício, no lugar do que foi demolido, embora não se tenha chegado a acordo quanto à função. Foram lançadas ideias desde a habitação, comércio, restauração, mostra dos produtos regionais ou uma montra da oferta turística.
Quanto à ponte, a opinião generalizada reprova o projecto escolhido, embora tenha sido elogiada a sua função mas não a localização prevista. «Quem é que escolheu isto?», perguntou Pires da Rosa, elemento da bancada do PS na Assembleia Municipal.
O PS é oposição na Câmara e Assembleia e o arquitecto Pompílio Souto responsabilizou também os socialistas pela escolha da ponte. Pires da Rosa respondeu que o PS foi confrontado com o projecto «em cima do joelho, não houve tempo, sem auscultação e sem meios de defesa para o PS perceber».
Embora incluída no projecto do parque da sustentabilidade – o presidente da Junta de Freguesia da Vera Cruz diz que este surgiu pela necessidade da construção de uma nova sede para a Junta de Freguesia da Glória – o atravessamento do canal decorreu de um abaixo-assinado de comerciantes do lado do Alboi, como esclareceu o presidente da Associação Comercial de Aveiro, Jorge Silva.
