O orçamento da Câmara de Aveiro para 2010, de 129,3 milhões de euros, foi aprovado na madrugada desta quinta-feira pela Assembleia Municipal de Aveiro mas não é real, uma vez que as receitas da atingirão apenas os 50 milhões de euros, mas «a lei obriga a incluir os compromissos e dívidas validadas», disse o presidente da autarquia, o independente Élio Maia.
Os votos da aliança PSD/CDDS-PP garantiaram a passagem dos documentos, Orçamento e Grandes Opções do Plano, enquanto o PCP e o Bloco de Esquerda votaram contra e o PS na abstenção.
Há um «irrealismo mas Câmara teve de optar entre o ilegal e o irreal», disse Élio Maia.
António Salavessa, do PCP, votou contra porque o orçamento «carece de verdade e rigor» entendendo ainda que a sobreorçamentação aumenta a despesa e «alarga-se a avenida das dívidas». O BE, que também votou contra, disse que não distingue «as prioridades políticas» e a intervenção social do município além de reprovar o «encarecimento dos serviços públicos».
O PS começou por afirmar que a bancada teria «outras prioridades» mas como se trata do primeiro ano do mandato, optou pela abtsenção e «aguardar» pela actuação da maioria para «fiscalizar»
Para o PP há «rigor e disciplina» e diminuindo o orçamento do próximo ano em 40 milhões de euros, comparando com 2009, «reduz o défice».
O PSD também detectou «rigor face aos compromissos financeiros, a Câmara aproveita as oportunidades, apoia as juntas de freguesia e associações», detectando ainda que se trata de um plano com «ambição, solidário e responsável pelos cidadãos».