Terça-feira, 25 Março 2025
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Análise de material genético aponta para o arguido

Nos vestígios de prova encontrados junto do corpo da vítima, no parque de estacionamento de S. João, em Aveiro foi detectado material genético alegadamente do arguido Paulo Pereira, noticia o Diário de Aveiro.

«Interrogada pelo advogado de defesa, a especialista não pôde precisar a data em que os toalhetes «dodot» terão sido utilizados.

Pedro Tróia observou que os toalhetes «apresentavam rigidez ao tacto, o que poderá indiciar que eram antigos», mas Maria João Oliveira explicou que, pelas análises efectuadas «não é possível dizer se são antigos ou recentes». O facto de um deles apresentar bolor também não é conclusivo, na opinião da médica.

Por outro lado, o defensor do arguido questionou se a exposição aos raios ultra-violeta não terá danificado a informação genética contida no ADN, ao que Maria João Oliveira respondeu que tal «depende do período de tempo em que esteve exposto». O material genético detectado, apesar de não ser total, permitiu afirmar com algum percentagem de certeza que pertence a Paulo Pereira.

(…)
Maria Cristina, prostituta que conhecia a vítima, foi também ontem ouvida pelo colectivo de juízes presidido por Raul Cordeiro. Mais uma vez se confirmou a regra do testemunho não coincidir com as declarações prestadas por altura do crime, na Polícia Judiciária. Raul Cordeiro foi obrigado a lembrar a Maria Cristina que se não dissesse a verdade incorreria num processo de falsas declarações.

A testemunha pediu para que o arguido abandonasse a sala, por ter «receio», e começou a lembrar-se de pormenores. Recordou que viu a vítima na noite do crime – um de Outubro – numa esquina do Rossio, cerca das 23 horas, e de uma moto de modelo «Scooter» a abeirar-se dela, conduzida por um indivíduo a quem conseguiu ver os olhos e nariz por baixo do capacete. Pouco depois, quando já circulava no interior no veículo de um cliente, em direcção à lota, passou pelo casal e aí terá conseguido discernir um pequeno rasgão na manga esquerda do casaco do alegado homicida. «Àquela hora da noite, como conseguiu ver um rasgão pequeno?», questionou a Procuradora do Ministério Público. «Estava muita luz», respondeu Maria Cristina, perante as objecções do Pedro Tróia: «Primeiro disse que o viu de costas mas reconheceu-o no PJ, depois só viu os olhos e o nariz, mas diz que na ponte conseguiu ver o cabelo para trás na testa». «Este Paulo não estará a ser o “bode expiatório” de alguém?», questionou.» (Diário de Aveiro)

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