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DesportoAveiro
Então foi assim…
2006-6-27

As notícias da reunião entre pais de alunos com necessidades de educação especial e a Segurança Social de Aveiro, que ameaça não pagar as ajudas do ano lectivo 2005-2006, não dizem tudo o que se passou.

Os pais juntaram-se no exterior do edifício da Segurança Social de Aveiro e, num dado momento, decidem avançar para o interior. Movia-os o objectivo de reunir com o director do Centro Distrital, Celestino Gomes, para o questionar sobre as cartas que têm recebido que ameaçam não pagar as ajudas . Alguns mais avisados, diziam que ele não estaria e não estava mesmo. No hall nota-se a presença dos cerca de 50 pais. Cada um tira um ticket para a fila de espera do atendimento ao público de que não se irá servir. Quem chegasse e não integrasse este grupo pensaria que tinha uns 50 à sua frente.

Falam alto, reclamam contra o sistema e um funcionário de uma empresa de segurança diz-lhes que têm de escolher quatro para reunir com alguém da Segurança Social. Quatro, porquê perguntaram? O grupo  representante passa uma porta de vidro e o resto, pouco organizado, espera. Mostram que não têm noção da estratégia e até reclamam e desconfiam dos seus representantes. De qualquer forma fica-se sem saber se irão reunir porque funcionou a pressão de serem muitos a entrarem nas instalações. Há muitas mulheres, poucos homens e algumas crianças. Os homens não se ouvem.

No hall surge uma funcionária a dizer que teriam de sair e ir para o exterior. Não seria permitido falar alto, estar ali, nem agressões. Agressões? Só falavam alto a dizer que «tiram aos pobres para dar aos ricos», que há «delas que têm três carros, passam as tardes no café e recebem subsídio». E também diziam que não queriam andar ali à porrada. Mas seria assim. Se não fossem para o exterior, os representantes não seriam recebidos e a Polícia seria chamada. Estavam estabelecidas as regras porque até era… «propriedade privada do Estado»(!) - esta também não estava nada mal. Mas as regras foram seguidas e foram para o exterior. Mesmo assim, a Polícia esteve à porta mas não se mexeu.

Um terceiro funcionário apareceu, ajudando a levar as pessoas para a saída e ainda respondia aos que diziam que «andavam a tirar aos pobres para dar aos ricos» dizendo: «e cada vez está pior».

João Peixinho

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